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Ora até que enfim…, perfeitamente…

Cá está ela!

Tenho a loucura exatamente na cabeça.

Meu coração estourou como uma bomba de pataco,

E a minha cabeça teve o sobressalto pela espinha acima…

Graças a Deus estou doido!

Que tudo quanto dei me voltou em lixo,

E, como cuspo atirado ao vento,

Me dispersou pela cara livre!

Que tudo que fui se me atou aos pés,

Como a serapilheira para embrulhar coisa nenhuma!

Que tudo quanto pensei me faz cócegas na garganta

E me quer fazer vomitar sem eu ter comido nada!

Graças a Deus, porque, como na bebedeira,

Isto é uma solução,

Arre, encontrei uma solução, e foi preciso o estômago!

Encontrei uma verdade, senti-a com os intestinos!

Poesia transcendental, já a fiz também!

Grandes raptos líricos, também já por cá passaram!

A organização de poemas relativos à vastidão de cada assunto

resolvido com vários –

Também não é novidade.

Tenho vontade de vomitar, e de me vomitar a mim…

Tenho uma náusea que, se pudesse comer o universo

para o despejar comia-o.

Com esforço, mas era para bom fim.

Ao menos era para um fim.

E assim como sou não tenho fim nem vida…

Adiamento

Depois de amanhã, sim, só depois de amanhã…

Levarei amanhã a pensar em depois de amanhã,

E assim será possível; mas hoje não…

 Não, hoje nada; hoje não posso.

A persistência confusa da minha subjetividade objetiva,

O sono da minha vida real, intercalado,

O cansaço antecipado e infinito,

Um cansaço de mundos para apanhar um elétrico…

Esta espécie de alma… Só depois de amanhã…

Hoje quero preparar-me,

Quero preparar-rne para pensar amanhã no dia seguinte…

Ele é que é decisivo. Tenho já o plano traçado;

mas não, hoje não traço planos…

Amanhã é o dia dos planos.

Amanhã sentar-me-ei à secretária para conquistar o mundo;

Mas só conquistarei o mundo depois de amanhã…

Tenho vontade de chorar,

Tenho vontade de chorar muito de repente, de dentro…

Não, não queiram saber mais nada, é segredo, não digo.

Só depois de amanhã…

Quando era criança o circo de domingo divertia-rne toda a semana.

Hoje só me diverte o circo de domingo de toda a semana da minha infância…

Depois de amanhã serei outro,

A minha vida triunfar-se-á,

Todas as minhas qualidades reais de inteligente, lindo e prático

Serão convocadas por um edital… Mas por um edital de amanhã…

Hoje quero dormir, redigirei amanhã…

Por hoje, qual é o espetáculo que me repetiria a infância?

Mesmo para eu comprar os bilhetes amanhã,

Que depois de amanhã é que está bem o espetáculo…

Antes, não… Depois de amanhã terei a pose pública que amanhã estudarei.

Depois de amanhã serei finalmente o que hoje não posso nunca ser.

Só depois de amanhã… Tenho sono como o frio de um cão vadio.

Tenho muito sono. Amanhã te direi as palavras, ou depois de amanhã… Sim, talvez só depois de amanhã…

O porvir… Sim, o porvir…

Estejam convidados seres bestiais!

Estejam convidados seres bestiais!
Comunidade Ceusfernios

“Não me lembro aonde eu tive esta idéia…rs
Se sintam convidados sem discriminação.”

Steven Spilberg: “A vida encontra um meio”

Sempre fiquei em duvida: Quando uma borboleta deixa a segurança do casulo ela percebe a beleza que tem? Ou será que ela ainda se vê como apenas uma lagarta?”

Quando criança, eu sabia o segredo para uma vida feliz: obedecer as regras, estudar bastante, e, se estudar bastante, sua recompensa é estudar mais ainda… E depois de tanto estudar você recebe o que a vida tem de melhor: trabalho, dinheiro e um futuro cheio de uma busca incessante por mais e mais… As vezes conseguimos por sermos capazes, as vezes apenas conseguimos e geralmente não conseguimos… Mas é para isso que vivemos… Nossa vida feliz.?!

Sinto inveja daqueles que nunca questionaram isso.

Eu? Eu preciso de uma saída.

Rotina?

Enquanto você passa apressado para o trabalho, mal lhe sobra tempo para ler as manchetes dos jornais nas bancas. Seu mundo não pára, enquanto o mundo dos outros parece seguir uma rotina diversa.

Alguém já lhe disse que a política o persegue, mesmo que você não se importe com ela. Você sabe disso, sente isso, e descobre muitas vezes que o que políticos e autoridades das mais diversas áreas fazem quase sempre te prejudica. Mesmo que você não se importe com eles…

A sensação ruim que o persegue é a de que alguém invisível insiste em meter a mão em seu bolso, roubando-lhe aquele minguado dinheiro que você tanto se esforça para ganhar. Mas ultimamente você tem reparado que não é só o dinheiro que eles querem. Alguém invisível também entra na mente de seus amigos e familiares, e os torna a cada dia mais estranhos – você não consegue entender como eles não conseguem lembrar fatos importantes, mal sabem o que acontece a sua volta, e raramente se preocupam com o futuro – nem o seu próprio, sequer o do mundo em que vive…

Ao chegar em casa, uma propaganda do Greenpeace na TV lhe esbofeteia enquanto você janta silencioso diante da família. A frase, após cenas de fúria da natureza, é emblemática: “sua geração queria tanto mudar o mundo… Parabéns, vocês conseguiram”

Enquanto anda apressado pelas ruas, em busca do sustento e da manutenção daquele emprego que você pode até gostar, mas  que ganha menos do que você merece e não sabe como tolera, mal lhe sobra tempo para pensar em sonhos, ainda mais os já sonhados. O que resta?

O tempo mal sobra para a vida, a rotina o engole.

Enquanto isso, aquela mão invisível continua invadindo seu bolso.

O que fazer? As manchetes dos jornais nas bancas mostram-lhe que poucos conseguiram o que muitos sequer imaginavam: mandam no mundo, invertem a ordem das coisas e impõem a você a impotência como combustível essencial para a marcha de um progresso que só os beneficia.

A rotina dos dias continua se impondo, enquanto você caminha apressado para o… trabalho…

My All Star Converse Weapon

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Artigos, simplesmente.

Muito além, nos confins inexplorados da região mais brega da Borda Ocidental desta Galáquicia, há um pequeno sol amarelo e esquecido. Girando em torno deste sol, a uma distância de cerca de 148 milhões de quilômetros, há um planetinha verde-azulado absolutamente insignificante, cujas formas de vida, descendentes de primatas, são tão extraordinariamente primitivas que ainda acham que relógios digitais são uma grande idéia. Este planeta tem – ou melhor, tinha – o seguinte problema: a maioria de seus habitantes estava quase sempre infeliz. Foram sugeridas muitas soluções para esse problema, mas a maior parte delas dizia respeito basicamente à movimentação de pequenos pedaços de papel colorido com números impressos, o que é curioso, já que no geral não eram os tais pedaços de papel colorido que se sentiam infelizes. E assim o problema continuava sem solução. Muitas pessoas eram más, e a maioria delas era muito infeliz, mesmo as que tinham relógios digitais. Um número cada vez maior de pessoas acreditava que havia sido um erro terrível da espécie descer das árvores. Algumas diziam que até mesmo subir nas árvores tinha sido uma péssima idéia, e que ninguém jamais deveria ter saído do mar. E, então, uma quinta-feira, quase dois mil anos depois que um homem foi pregado num pedaço de madeira por ter dito que seria ótimo se as pessoas fossem legais umas com as outras para variar, uma garota, sozinha numa pequena lanchonete em Rickmansworth, de repente compreendeu o que tinha dado errado todo esse tempo e finalmente descobriu como o mundo poderia se tornar um lugar bom e feliz. Desta vez estava tudo certo, ia funcionar, e ninguém teria que ser pregado em coisa nenhuma. Infelizmente, porém, antes que ela pudesse telefonar para alguém e contar sua descoberta, aconteceu uma catástrofe terrível e idiota e a idéia perdeu-se para todo o sempre.

DNA.

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Categoria de Artes Vetoriais

Uma semana de “trabalho”… Realmente, eu estava sem o que fazer.

Lamborghini Murcielago

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Vetor mais complexo que já fiz…

O Vetor – Dont Panic!

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Não entre em panico!!!